pequenas coisas que me deixam...
sobre coisas que me deixam ... de varias maneiras diferentes...
sexta-feira, 18 de maio de 2012
Nunca mais
Ela não entendeu, eu acho. Quando disse que nunca mais veria ou falaria com ela. O que ela pensou? Que me mandaria embora e assim sem mais nem menos eu aceitaria na boa. Tudo bem, vou embora, vou sim. Só que vou mesmo, sem volta. Falou que sempre teríamos vínculos, os filhos. E daí, ninguém é mais criança, se precisarem me ligam e falo com eles. Pretendo me acostumar com a solidão de minha cama de solteiro e nunca mais sentir a dor que sinto ao olhar nos olhos vazios dela. Não derramarei uma lágrima, mas não sorrirei jamais em sua direção.
segunda-feira, 7 de maio de 2012
Vai passar
Minto para mim mesmo quando digo que não sinto mais dor. Impossível não sentir, toda noite deito só e lembro do tempo que era querido. Tento desviar meus pensamentos para outras coisas, mas logo estou lembrando do seu cheiro e de sua voz.Vai passar, como tudo mais, vai passar. Até lá cabe a mim suportar e enterrar bem fundo esse sentimento.
quinta-feira, 3 de maio de 2012
Tirei minha carteira de motorista tardiamente, nunca fui muito aficcionado pelo volante. Talvez por influencia paterna, um caipira que nunca teve muita ambição. Sempre andei mais de moto, mas com a idade avançando e o uso de óculos tive de fazer certas mudanças e me enquadrar no normal. Dia desses, dirigia a noite e comecei a entender o porquê das pessoas gostarem de dirigir. Guiava só na estrada em velocidades cruzeiro de 80 a 110 conforme o trecho, noite clara de lua cheia. Só seguindo as faixas, ora pontilhadas, ora contínuas. os olhos de gato demarcando o caminho me lembram um jogo antigo de fliperama lá de 83 ou 84, gran prix. Somente eu no veículo e minhas musicas preferidas no mp3 do carro. Joy Division, Interpol, New Order, Slipknot, Nirvana, Legião e por aí vai. Nesse instante de solidão e concentração na estrada, percebi o prazer de que atras do volante, guiando, temos o controle de nossas vidas. Isso mesmo, pelo menos uma ilusão disso, parece nessa hora, que somos senhores de nosso destino. Naquelas horas da viagem eu podia decidir tudo. Podia parar ou seguir adiante, mudar de rumo, tomar novos caminhos, explorar novos ares. Ter o controle do tempo e espaço da minha vida. Realmente essa ilusão é incrível. A sensação vai além de prazer, é algo até espiritual. Ainda tem uma coisa muito zen, quando chega ao final, sempre haverá outra estrada para percorrer. Chegando ao meu destino, desci do carro e caí na realidade dos pedestres. A baixa velocidade que nossa vida passa quando estamos penando, o total descontrole que temos de nosso presente. A merce das decisões alheias, onde nossos atos nada mais são que meras reações aos fatos. Onde a vontade alheia insiste em compartilhar nosso destino e muitas vezes não podemos desviar, nem ultrapassar. Onde não há o nosso mundo particular, com nossa musica e controle. Onde como dizia Sartre: "o inferno são os outros". Só posso daí aguardar ansioso por uma nova viagem.
quarta-feira, 2 de maio de 2012
Relaxava na cama com o notebook no colo, fuçando aleatoriamente em sites variados(de porno a tecnologia). O telefone toca... é ela. Me liga e começa a falar sem parar, conta coisas cotidianas e outros assuntos. pergunta opiniões e relata algumas dificuldades. Respondo com monossílabos, enquanto penso no significado daquela ligação. Ela esqueceu que disse que não me ama mais? Ou na sua lógica, não me amar não impede de querer minha companhia? Não consigo entender o sentido de tudo isso. Ela vai percebendo meu quase silencio e desliga meio sem graça. Será ingenuidade dela achar que dizer o que me disse, que não estou mais no seu coração e que não sou mais o homem que ela quer, não me feriu? até quero acreditar que sim, pois do contrário, é uma sórdida forma de maldade...
terça-feira, 1 de maio de 2012
Não gosto de gente muito sorridente. É, pode ser rabugice minha, mas não gosto. não gosto de pessoas que sempre estão de bem com a vida, sorrindo e saltitando como nos musicais da Disney. Tenho uma teoria sobre isso: ou tu é doido e anda sempre rindo a toa, ou tu sacaneia os outros a toda hora e não consegue esconder o contentamento. Sim, sacaneia, foi o que eu disse, nada mais fácil de produzir um sorriso num ser humano que uma boa fodida na vida alheia. Aquela gratuita, só de maldade, essa mesmo. Sou cruel ou sádico? Não, apenas normal e sincero. as pessoas fodem a vida dos outros a toda hora, é o clipe de papel em nossa mesa que dissemos não ter nenhum para dar uma lição no colega "bocaberta", é vaga de deficiente que estacionamos. De pequenas coisas a grandes. Ah, também a o sorriso de satisfação e agradecimento ou felicidade, não esqueci destes. Porem, como sabemos, estes sorrisos são raros e não duram dias. Por certo, nem minutos as vezes.Por isso desconfio das pessoas sorridentes, elas não estão felizes, só comemorando uma miséria maior que a delas...
quarta-feira, 25 de abril de 2012
Eu não te amo mais... Ela disse assim, sem mais, nem menos. por dentro ouvi minha auto estima se despedaçando, barulho de lâmpadas se estilhaçando ao chão. O que fiz, ou o que não fiz? Não sei e no labirinto de seus olhos jamais saberei. depois de vinte anos queria dizer que a conheço, ou até conheço demais. sua necessidade de se auto sabotar sempre vem. Quando não é alguma conta que não pode pagar, é algum outro sofrimento auto infligido. sempre tive que lutar, mas agora estou cansado, só penso em como vou virar esta pagina e seguir adiante. Um dia de cada vez.
sábado, 26 de fevereiro de 2011
Mascaras...
Meu rosto é uma farsa bem montada. Invento tudo o que falo e finjo muito bem, basta olhar com segurança nos olhos de seu interpelador. A maioria não aguenta olhares diretos, dissimula olha para o chão. Facilita muito as coisas, todos nós somos fracos fingindo força. Interpretando papéis e levando a sério isso. Alguns até o extremo.
Ha algum tempo tentei ser diferente, me mostrar para alguem em quem confiasse. Foi bom durante quinze segundos de eternidade. Não costumamos agradar quando vistos bem de perto e logo tive de me esconder de novo. É uma sina, nascemos sós e nus, nos vestimos e achegamos a outros. Apenas para perceber que no fundo ainda estamos sós e nus. Aí fingimos que esta tudo bem e colocamos nossas mascaras. Escondemos todas as dores e abusos, ódio e medo e até nossa ( possivel) bondade e amor...
Ha algum tempo tentei ser diferente, me mostrar para alguem em quem confiasse. Foi bom durante quinze segundos de eternidade. Não costumamos agradar quando vistos bem de perto e logo tive de me esconder de novo. É uma sina, nascemos sós e nus, nos vestimos e achegamos a outros. Apenas para perceber que no fundo ainda estamos sós e nus. Aí fingimos que esta tudo bem e colocamos nossas mascaras. Escondemos todas as dores e abusos, ódio e medo e até nossa ( possivel) bondade e amor...
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